Os abecedaristas

A pedido do Prof. Frank, traduzi e transcrevo aqui uma passagem sobre a história dos abecedaristas. A passagem está no livro Dictionary of Sects, Heresies, Ecclesiastical Parties and Schools of Religious Thought, editado pelo rev. John Henry Blund, D.D., (1823-1884) publicado pela primeira vez em 1874. Diz o reverendo Blund que o “abecedarismo” se trata de 

“um nome dado a Zwickau Phoenarts (A. D. 1520), uma secção dos anabatistas alemães, que alegavam ter inspiração direta de Deus, e sustentavam que essa inspiração era obstruída pela aprendizagem. Eles levaram esta teoria até o ponto de declarar que era preferível nem mesmo ter aprendido o A B C, já que todo o aprendizado humano está baseado no alfabeto, e o conhecimento disso abre as portas para aquilo que é um um obstáculo à iluminação divina. Nicholas Stork, um tecelão de Zwickau, foi o primeiro a proclamar tal princípio, mas ele foi mais tarde defendido por Carlstadt, que, tendo sido aliado de Lutero, cedeu às invectivas de Storck contra o aprendizado, fechou os seus livros, renunciou ao seu título de Doutor em Divindade, abandonou os estudos das Sagradas Escrituras e buscou pela verdade divina nas bocas daqueles que, sendo homens comuns, eram considerados os mais ignorantes em toda a humanidade. A teoria abecedarista, em uma forma mais moderada, teve muita influência em algumas seitas modernas, especialmente nas seitas mais ignorantes dos Metodistas.”

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