“Salenas, salenas, Magnífico Magnífico!”

Alguns famas que não gostaram muito da cor branca da breve oficial da ufesm, patrocinada pela viúva, e do cepo onde o çepe os colocou sentados, resolveram escrever uma carta para o Magnífico. Afiaram bem a ponta de um lápis e tascaram no papel:
“Salenas, salenas, Magnífico, Magnífico:
Indo diretamente ao bode, isto é, ao ponto, estamos aqui prontos para trabalhar, coisa que aliás estávamos fazendo, até que não se sabe bem quem nem como nos colocou no bonde da breve; o que nos traz aqui, no entanto, não é o bonde da breve branca, mas sim uma pergunta: queremos saber como vamos comer o pernil se não temos o bode? Indo diretamente ao bode: o çepinho aprovou o início dos estágios curriculares e não aprovou os cursos que lhes bem correspondem; essa é uma nova concepção dialétrica do ensino? Em que cepo vamos sentar agora? O çepe nos vendeu o pernil mas não quer entregar o bode?”
Depois assinaram.
Um fama achou que faltava algo na magnífica missiva e resolveu acrescentar mais umas queixas, numa linguagem mais atualizada.
“O çepinho inspirou-se nos julgadores do mensalão e começou a fatiar um bode que anda? Veja, lá irão os bifes da Medicina, acolá se arrastarão os bofes da Filosofia, mais adiante saltitarão as bochechas da Fisioterapia? E o pobre bode, como poderá caminhar assim fatiado?”
Um cruel e cruento cronópio, que também dá aulas na pós-graduação, pediu que fosse incluída mais uma linha.
“E o rabo do bode, então, nem se fala, vai ter o tamanho de seis meses?”
Assinaram, com todas as pompas e salenas.
Um outro fama, mais desconfiado, resolveu não assinar.
Ele se deu conta que na sessão de hoje o çepinho estava apenas preparando a sala que deverá receber o bode, daqui a quinze dias. E que do bode será aproveitado, mais do que tudo, o berro.